sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Pergaminho número 5 - Não desperdicarei meu tempo velando infortúnios do passado

Esse pergaminho trata do presente. E inicia pedindo para que os leitores não lamentem o passado. Sejam derrotas, infortúnios, erros,  ferimentos. Viver o presente é não deixar o passado interferir para nos bloquear. Ainda que existam lições,  que colhamos logo a lição e passemos a caminhar em frente.

O que está feito não tem retorno. Só podemos agir no presente, e é ele que determinará nosso futuro. Viver o hoje para construir o futuro que queremos é a única forma de consertar qualquer problema do passado.

Eu acho extremamente difícil.  Eu passei um bom  tempo da minha vida tentando entender o passado.  Mas finalmente descobri que se não fizesse algo no presente, a probabilidade é que fosse escrava do passado e meu futuro seria reflexo dessa parada no tempo.

Não entendia o porquê de sofrermos assédio moral. Queria combater o assédio moral. Descobri então que essa é uma boa luta. Não ficar presa ao passado,  mas fazer algo todos os dias que me leve para longe do assédio moral. Isso requer fazer um planejamento.  Trabalhar mal até pode justificar um assédio,  entretanto não é a solução.  Minha tese é que muitos maus funcionários podem apenas ter reagido ao assédio que passaram. Mas isso não é solução,  é continuar a lamentar o passado.  Trabalhar bem é fazer um bom presente para combater o assédio.  Exato. Eu não combato o assédio quando trabalho mal. Isso pode até ser usado como justificativa para um agressor. Mas qual a justificativa do agressor quando você trabalha bem? Ele até pode atacar, como de fato muitos bons funcionários são atacados, mas ele perde na argumentação.  Ele pode ganhar no grito, na agressão,  na humilhação.  Mas não há justificativa de agressão para um bom comportamento.  Esse foi o motivo pelo qual meus agressores perderam.

A luta não é contra uma pessoa, um agressor. É pelo comportamento em si. O passado sai e fica um presente com propósito.  É por isso que continuo trabalhando bem, respeitando meus horários e nem ao médico vou em horário de expediente. Faço tudo no meu horário livre. Qualquer compensação de emenda de feriado eu cumpro com rigor. Fico as horas a mais. E por que?  Porque uma das formas de combate é ser correto, para mostrar que agressores procuram motivos onde não há, muitos deles só para se divertirem.   Ou porque tem uma vantagem pessoal.

Outra boa saída para o assédio moral é buscar independência financeira. Não podemos negar o poder do agressor.  Aliás, só agride porque sabe seu poder,  mesmo que seja bem bravo, de pavio curto, duvido que agrida alguém que não deva. Então seria irresponsabilidade lutar contra um agressor sem ter outra saída,  outra forma de sobrevivência,  ainda mais grave o caso de quem tem dependentes. É no hoje que a pessoa agredida deve fazer algo. Não se lamentar do passado, mas realmente tomar medidas para se libertar. E se não fizer nada hoje? Então a probabilidade é que continue lamentando, pois nada mudará.


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