terça-feira, 12 de abril de 2016

Lidar com interrupções é um exercício de assertividade e objetividade

Para fechar com o livro "Você,  dona do seu tempo", de Christian Barbosa, vamos tratar das interrupções.  O autor ensina que esse é um exercício diário.  Explica que não é uma questão de grosseria, mas sim de respeito ao próprio tempo.

De fato, dependendo da situação,  é impossível trabalhar com interrupções.  Pequenas interrupções podem ser fatais para o término de um projeto importante. Eu costumo dizer que da mesma forma como pequenos passos nos fazem avançar,  pequenas interrupções tem o poder de nos travar.

Trabalhei com uma pessoa que interrompia muito. Claro que algumas interrupções são normais e até saudáveis.  Mas no caso dessa pessoa,  chegava a ser doentio. Ela não gostava de uma pessoa e era praticamente o dia inteiro reclamando dele. Pior que falava a mesma coisa. Além de atrapalhar o meu trabalho,  que não andava, incomodava. Não é nada agradável ouvir alguém falando mal de outra pessoa o dia todo. De vez em quando é normal, todo ser humano reclama e está descontente com algo.

Por diversas vezes sugeri que ela conversasse direto com ele e resolvesse a questão. Nada. Ela gostava mesmo era de falar dele, via prazer em fazer isso. Como no início não o conhecia,  confesso ter me revoltado contra ele. Depois, vi que ele era uma ótima pessoa e ela que era doentia. E era o dia todo me interrompendo.

Chegou uma hora que dei um basta. Fui assertiva e objetiva.  Não queria mais ouvir sobre aquele assunto. Ou ela se resolvia com ele ou tratava de outros assuntos comigo. Não foi grosseria,  foi uma maneira de defender a mim mesma. Pois fazia muito mal para mim ouvir aquilo, era constrangedor e não resolvia nada. Ela atrasava meu serviço,  me fazia mal e não resolvia em nada o problema dela. Foi para o bem dela.  Ela tinha que parar de reclamar e focar em solução.  Ela não entendeu e fui a próxima perseguida. Além dele, ela passou a me odiar.  Cada coisa estranha. Mas não tem problema. Assertividade é um exercício e hoje me sinto bem melhor por ter conseguido dar um basta naquilo.

Normal as pessoas reclamarem, mas tudo que é excesso faz mal para a própria pessoa. Ela passou a se exceder em mim e passou a ficar obcecada por mim, pois ele depois de algum tempo saiu de lá.   Ganhei muitas horas a mais por dia e ela também teria ganhado se não focasse em mim e focasse no trabalho. Depois ela se incomodava que nossos superiores me achavam uma ótima funcionaria e exemplar. Eu sempre achei que ela focou no errado, ela focava em mim, eu focava no serviço.  Meu serviço era excelente e o dela ficava por fazer, pois o foco dela não estava no serviço.

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