O autor sugere a criação de grupos para questionar processos e dogmas culturais do ambiente de trabalho e buscar soluções alternativas. Haverá conflitos e repetidas discussões, pois a unanimidade imediata pode ser sinal de acomodação.
A verdade é que existem ambientes e ambientes. Uns com flexibilidade e outros inflexíveis. Tudo tem seus prós e contras e devemos ver o que de melhor cada ambiente proporciona. No meu serviço principal fui criticada numa avaliação por não seguir uma burocracia irracional. A maioria das pessoas seguiam por seguir, porque todos faziam, sem pensar se o processo otimizava ou empacava o serviço. Eu que amo produtividade e processos mais enxutos e eficazes segui o processo eficaz. Não achava que isso fosse incomodar alguém. O processo esperado não cumpria nenhuma função, só fazia todos perderem tempo. Ninguem pensou numa forma sem burocracia e eficaz? Claro que sim. Vi outra pessoa que fez o mesmo e concordei plenamente. Eu já tinha feito outras vezes e realmente foi economia de tempo e ênfase em prioridade. Não sei o que passou na cabeça das pessoas que criticaram, mas respondi sob meu ponto de vista e refizeram a avaliação. Simplicidade pode ser a coisa mais eficiente que existe. Basta repensarmos os processos. Depois da avaliação passei a adotar a burocracia desejada, apesar de refeita a avaliação. Bem, se querem complicar e fazer tudo mais trabalhoso ao invés de tudo mais dinâmico e rápido não sou eu que mudaria um processo desses. Para minha surpresa, vi que una das pessoas que me criticaram na avaliação adotou o mesmo critério. Será que finalmente viram que aquela burocracia só atrasava os processos? Por vezes é dolorido, principalmente quando o ambiente não proporciona inovação e nem questionamento dos processos, mas vai que valeu. Não tenho recompensa melhor do que saber que estamos sendo mais eficientes. Serviço público tem que ser eficiente sim. Eu sempre levantei essa bandeira e sempre sofri por ser Caxias. Mas a luta continua...
Na Mary Kay o ambiente é super flexível. A criatividade tem mesmo que correr solta. E eu amo. As nossas reuniões são verdadeiros grupos de criatividade. Cada consultora contribui e a Diretora sempre tenta melhorar nossos processos e nos ajuda a sermos mais eficientes.
Mas é o que digo. Tudo tem prós e contras e tenho o melhor dos dois mundos. É bom para meu processo criativo ver esses mundos tão distintos. Sentir como cada um avalia e tenho certeza que todos estão tentando fazer o melhor. Com exceção de quem ajuda amiga íntima e o faz sabendo. Prejudica o serviço público pensando no interesse próprio e da amiga. Aí já é demais... mas ainda bem que estou distante disso. Não sou o tipo de pessoa que vê essas coisas e acha bonito. Sou Caxias mesmo e se tenho que sofrer por um ideal eu sofro. Nossas crenças são maiores que nós. Lutar por um ideal sempre será maior que nós e quem luta por ideal sempre enfrenta qualquer adversidade. E meu processo de criatividade questiona processos assim. Pode ser o padrão em muitos lugares. Mas continuará sendo se ninguém questionar. Eu questiono isso, não se prejudica serviço público por causa de amiga íntima. Afinal, interesse público acima do particular é constitucional. Protestarei até o final.
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