sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Como preservar as faces?

"Lei da presença das faces - Nesse modelo, considera-se que toda pessoa tem duas faces: uma face negativa que corresponde ao "território" de cada um (seu corpo, sua intimidade, etc.); uma face positiva, que corresponde à "fachada" social, a nossa própria imagem valorizante que tentamos apresentar aos outros.  Na comunicação verbal,  temos as faces do interlocutor  e do locutor a serem preservadas, por si e pelo outro, pois todo ato de enunciação pode constituir uma ameaça para uma ou várias dessas faces." Seja assertivo!  Vera Martins

O assédio moral se dá também quando as faces não são preservadas. Nenhum direito pode se sobrepor ao direito do outro quando se trata de questões amenas, pessoais,  de simples discordância entre partes.  Ninguém pode se achar com mais direitos do que o outro nesses casos de opiniões. Sempre deve haver respeito. 

Os assediadores no fundo são pessoas inseguras.  Eles até tentam preservar sua face. O problema do assédio é que a insegurança do assediador agride a face do assediado. Não podemos usar a desculpa que assediamos para preservar nossa face. Isso é extremamente covarde.

Todos têm dignidade e podem lutar pela sua dignidade desde que não tirem a dignidade do outro. O assediador provoca reações no assediado.  Ele provoca o outro psicologicamente.  Esses jogos psicológicos devem ser mostrados claramente como o modus operandi do assediador.

É sempre assim: precisaria o assediado agir de tal forma se não fosse provocado?  Claro que não.  Só agiu dessa forma após a provocação,  portanto verifica-se as más intenções do assediador por provocar o assediado.

É claro que não deveria o assediado entrar nesse jogo,   mas a cabeça humana nem sempre é tão controlável assim diante de um problema ou de uma provocação.  Por isso que todo assediado também deve estudar o modo de pensar assertivo, pois ensina a não agir nem como vítima, nem com agressividade e nem como passivo-agressivo.  É um treino, e todos temos muito pela frente nessa busca assertiva. Há maneiras assertivas de se defender de um assediador e aprender a agir assim é um grande progresso. 

Nem sempre será fácil,  mas ter a consciência de que existe um modo melhor de agir nos ajuda a preservar nossa face, preservando também a face do outro, mesmo que esse outro aja de forma não assertiva. E nós próprios que buscamos a assertividade podemos usar como medida se conseguimos ou não agir assertivamente. 

Preservar a face nossa e alheia também não significa concordar. De maneira alguma temos que concordar com a agressividade de alguém que invade nosso espaço.  Mudar essa pessoa também não está sob nosso controle,  mas educar,  ensinar,  mostrar um melhor caminho sempre está sob controle. Não podemos também ter expectativas e esperar que aprendam,  pois isso é uma escolha individual.  Se a pessoa julgar que mentiras, subterfúgios e esconder-se atrás de atos que não admite que fez, porque têm vergonha do que fez, não há o que fazer. É  apenas largar, deixar  a pessoa com sua própria escolha torta.  A lei de causa e consequência não falha,  tudo o que o homem plantar, ele colherá , diz a Bíblia.  

Portanto,  deixe o assediador escolher o que planta.  A colheita depende do que se planta. Quem planta com assédio e violação,  colhe de acordo. 

Jesus perdoou muitos pecadores,  mas nunca concordou com o pecado. Nem disse que não haveria consequências. Não precisamos concordar.  Podemos protestar e mostrar que não concordamos. De maneira alguma  vemos Jesus perdoar pecados e dizer que os pecados passaram a ser certos.  Ele continuou a tirar o pecado do mundo. E a Bíblia continua a apontar quais  são o caminhar correto e o incorreto. Mentira é mentira. O Diabo continua a ser o pai da mentira na Bíblia.  E quem mente apresenta-se como filho do diabo. O que é errado não muda porque houve perdão.  Há apenas a escolha de arrependimento ou não.  Quem se arrepende é perdoado por Deus. Nós podemos perdoar nossos inimigos para que Deus também nos perdoe.  Mas nosso perdão não significa que um ato mau ficou bom. E o perdão de Deus é para os que se arrependem. Mesmo que nós perdoemos quem nos fez mal, isso não significa que essa pessoa conseguiu o perdão divino. Enquanto não se arrepender das mentiras e malfeitos, não haverá perdão divino.  E o ato mau continuará a ser mau. Não importa a desculpa que se apresente. 


quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Entendemos a finalidade da comunicação ?

"Lei da informatividade  - Implica o fornecimento de informações novas ao destinatário.  Caso isso não aconteça,  o destinatário não será convencido.

Lei da exaustividade - Exige que o enunciado forneça a informação máxima, sem exageros e sem falta,  e que não esconda uma informação importante para a sua compreensão.

Lei da modalidade  - Exige do enunciador  clareza na pronúncia,  na escolha das palavras,  na complexidade das frases e, principalmente,  uma informação direta e adequada ao gênero do discurso.  A comunicação direta,  objetiva e sem rodeios ajuda na clarificação  da mensagem.  Quando uma pessoa se sente insegura para dizer o que pensa, normalmente sua fala se torna indireta, com rodeios e justificativas; ela não vai direto ao ponto e seu interlocutor fica confuso,  não entendendo aonde ela quer chegar. Assim,  o processo de comunicação não se efetiva porque a lei da modalidade não foi atendida."

Seja assertivo!  Vera Martins

Novamente venho mostrar minha indignação frente à violação de meu espaço,  pela falta de comunicação assertiva.  Realmente as historinhas contadas não me convenceram, pois tenho certeza de que o espaço foi violado e sei exatamente do que estou falando. Eu preciso de informação clara, precisa e verdadeira,  não uma historinha para boi dormir. É preciso tratar as questões como adultos, e não com gracinhas,  brincadeiras,  bullying.  Violar o espaço alheio é assédio,  é bullying e lamento muito que  pessoas façam isso.

Como o blog é um protesto contra o assédio,  com certeza vou protestar, incansavelmente.  É preciso que certos assuntos sejam discutidos, mas sempre com seriedade, verdade,  não com subterfúgios de um bully. E com certeza eu incomodo os bullies da vida. Eu estou simplesmente tratando do modus operandi deles, estou expondo suas maneiras de agir e colocando claramente minha posição de discordância.

Mesmo que eu seja exaustiva ao tratar do assunto,  vou continuar,  pois sei que muitas pessoas são vítimas dessas pessoas que se julgam superiores aos outros a ponto de praticar bullying.

Eu sou chata até compreender algo.  Vou fundo até descobrir, faço mil perguntas, submeto uns e outros a teste mas descubro. Mesmo que escondam uma informação,  sou capaz de chegar bem próxima a verdade.  Se o objetivo era apenas chatear, conseguiu,  mas com certeza também levou chateação. Tudo é assim: causa e consequência. Eu não fiz nada, estava na minha, apenas tenho uma luta contra o assédio,  mas não apontei ninguém.  Se alguém vestiu a carapuça por ser assediador,  eu sinto muito mesmo. Com certeza assediar o outro não é bacana.  E eu e muitos vamos continuar a luta.

Esconder informação de mim não leva a muito. Melhor dizer claramente o objetivo. Sempre as pessoas conseguem muito mais de mim quando são claras e objetivas. O subterfúgio assediador é sempre contraproducente. E imagino que não puderam ser claros e objetivos por um motivo bem simples: o objetivo não é nada nobre.

Oh dificuldade de ser claro!  Oh dificuldade de ser direto!  Certas pessoas ganham na obscuridade e na montagem de mal entendidos. Que fique bem claro, faz parte do modus operandi do assediador. Ao invés de esclarecer,  ele cria mal entendidos.

Se todo esse caso me deixou confusa é porque  o assediador provocou isso. Eu realmente não entendi onde a pessoa quis chegar.  A comunicação realmente foi péssima e não entendi a finalidade,  muito menos concordei com o método.

Por que não falar diretamente?  Por que não usar a verdade  ao invés de usar subterfúgios e se esconder atrás de mentiras?

Realmente  muitos não vão aderir  a um discurso assertivo. E realmente não há nada que podemos fazer, pois não podemos mudar um mentiroso que se esconde nas sombras da mentira.

É lamentar -se. É o caso de protestar e denunciar educadamente  o modus operandi.  E muitos vão preferir a mentira e vão ficar no lado da mentira. E não devemos nos surpreender pois o mundo jaz no maligno. E ele engana a muitos. Só podemos controlar a nós mesmos.  E é escolha nossa se queremos ficar do lado da mentira e dos subterfúgios malignos,  mesmo que disfarçados de boas intenções.




quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Quais as leis do discurso assertivo?

"Lei da pertinência - estipula que um enunciado deve ser totalmente adequado ao contexto em que acontece,  de forma que a informação seja de interesse do destinatário.

Lei da sinceridade - demonstra, em suas falas, o engajamento do locutor e o comprometimento com seu interlocutor.  A lei da sinceridade não estará sendo respeitada se o locutor enunciar um desejo que não quer ver realizado  ou se afirmar algo que sabe ser falso,  por exemplo.  Se o interlocutor interpreta a fala como falsa ou como uma promessa inatingível,  a comunicação fica comprometida.  É o caso do vendedor que floreia seu produto e promete mais do que pode oferecer  ou aquele que busca atender somente a seus próprios interesses.  Ou ainda o caso da mãe que,  para se ver livre da insistência do filho, promete dar -lhe um brinquedo e depois não cumpre sua promessa.  O filho, decepcionado, sente-se traído e desrespeitado pela mãe."

Infelizmente muitas vezes somos assertivos, mas temos que lidar com o comportamento agressivo.  Infelizmente também não há nada que possamos fazer em relação ao agressivo.  É o caso de apenas lamentar que tantas pessoas ainda têm que recorrer a um comportamento desses.

Como disse, enfrentei recentemente um problema de agressão ao meu espaço.  A pessoa que fez isso certamente violou as leis de discurso assertivo. A pessoa foi completamente inadequada. Não era necessária essa violação.  Ela só serviu para que eu ficasse mais inconformada com esse tipo de comportamento e para que eu discordasse mais com o fato de certas pessoas terem de recorrer a esse tipo de artifício. Foi tão impertinente o que a pessoa fez que ela teve que se esconder o que fez. Não teve a coragem nem de admitir o que aconteceu.  Não teve a coragem de explicar. Não teve a coragem de enfrentar a situação face a face.  Precisou se esconder nas sombras, negar. E quando isso acontece, certamente é porque agiu errado. Quem age certo não precisa negar o que fez muito menos precisa se esconder nas sombras.  Pode submeter-se à luz.  Pode revelar-se.

Assim, trata-se de uma covardia. Estou perante uma porção de covardes que se escondem nas sombras, que não se revelam e não se explicam,  porque não tem uma explicação plausível.  E o pior é que a pessoa não tem vergonha da covardia. Revoltar -se com isso?  Não creio ser o caso . É apenas digno de pena alguém agir de forma tão rasteira.

Além disso, afirmaram algo falso. Quando era melhor até calar-se,  ouvi uma explicação  falsa e não plausível.  Claro que era falsa a explicação dada. A pessoa tinha toda consciência que mentia e quis sustentar a mentira. Lógico que percebi. E é lógico que decepcionei -me,  senti-me traída  e desrespeitada.  Ao menos um pouco de sinceridade seria bom.

Mas o que esperar de pessoas rasteiras? Agem assim pois é apenas assim que sabem agir. Então qual nossa reação como assertivos?  Apesar de termos o direito de sentir,  expressar-nos e viver o momento com autenticidade, da maneira que realmente sentimos,  sem máscaras,  demonstrando todo nosso descontentamento,  temos também o dever de  perdoar.

Jesus ensinou a perdoar 70 × 7 vezes. Temos que compreender que certas pessoas agem com mentira e fazem coisas desnecessárias, que fazem os outros sofrerem desnecessariamente porque é assim que aprenderam a fazer. Essas pessoas estão acostumadas a isso e até acham que isso é o certo. Não há nada que possamos fazer.

Não está ao nosso alcance muda-las de agressivas para assertivas. De mentirosas para sinceras.  O máximo que podemos fazer é perdoar e afastarmos de pessoas assim. Lembrando que há muitas pessoas sinceras, muitas pessoas que não precisam violar o espaço do outro. Muitas pessoas que agem decentemente.  E são justamente essas pessoas de caráter  que valem nosso esforço,  que valem nossa fidelidade.  Talvez não seja a hora de ver quem nos decepciona,  mas de valorizar as pessoas de caráter.  E há muitas, muitas pessoas de caráter.

Perdoar e largar.  Devemos deixar ir os mentirosos. Deixar ir quem nos faz sofrer.  E valorizar cada vez mais quem nos apoia.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Quais as características da comunicação assertiva? .

"Dá informações : descrevendo a situação como vê.  Busca informações : solicitando, com polidez,  que a outra pessoa descreva a situação como ela percebe. Expressa sentimentos : relatando como se sente em relação ao que está acontecendo.  Procura conhecer os sentimentos do outro: solicitando a outra pessoa que descreva como se sente em relação à situação.  Você compreende sem necessariamente concordar com ela. Busca mudança no outro : descrevendo o comportamento  que gostaria de ver no outro.  Procura mudança em si próprio: concordando em modificar o próprio comportamento, se necessário."

Seja assertivo! Vera Martins

A comunicação assertiva permite a cada um ter sua visão.  O assertivo descreve as situações como ele vê.  Não há problema algum em ver diferente do outro e ninguém é obrigado a ver como o outro enxerga.  Não importa se é uma maioria,  ainda ainda o assertivo tem o direito a ver o mundo sob seu ponto de vista.

Por outro lado, o assertivo aceita que o outro tenha uma visão diferente.  Ele não se obriga a seguir a multidão,  mas ouve a descrição como o outro percebe.

O assertivo expressa seus sentimentos.  Ninguém é obrigado a reprimir seus sentimentos só porque os outros não os entendem. Nós temos o direito de sentir, mesmo que o outro não concorde. Recentemente passei por um problema.  Sob meu ponto de vista, foi uma lesão.  Portanto, tenho o direito de sentir medo, insegurança, falta de apoio, falta de compreensão. Senti tudo isso.  Expressei como me senti mal acerca disso tudo. Expressei que não gostei do que aconteceu. Não sou obrigada a gostar do que aconteceu. Não tenho que dizer que gostei da violação do meu espaço.  Não gostei.  Ponto final. E quando não gosto sou chata. E se não entendo a situação, sou chata também até para descobrir o que está acontecendo.  Não quer minha chatice? Não viole meu espaço.  Vem tudo no pacote. Violou, aguentou chatice.

Também há o outro lado, o assertivo também ouve o outro. Nas minhas sondagens para descobrir o que houve, também dei abertura. Tentei entender o sentimento de quem me Violou.  Tentei encontrar a boa intenção de quem fez isso. Não preciso concordar com os motivos do outro.  Mas compreendo que nem  sempre fazem com ma fé.  E o mais importante,  isso pode ser tão mesclado,  pode ter o que fez de boa fé,  junto com um outro que foi malicioso. O malicioso muitas vezes é oportunista,  se esconde por trás do que fez de boa fé. No meu caso,  cheguei à conclusão que se tratava de algo misto. Pessoas de boa fé com um malicioso de má fé por trás,  sem que os de boa fé tenham até agora percebido a má fé do outro. E assim é que o mundo gira. Muitos enganados, poucos atentos.

O assertivo busca descrever como espera que seja o comportamento do outro. Durante esse meu período difícil,  nem sempre me comportei como deveria.  Sim, todos estamos sujeitos como seres humanos a falhar,  a ter fraquezas nas horas difíceis. Somos todos seres humanos com todas as dificuldades que essa condição nos sobrepõe.  Sei que o outro achava que deveria me comportar diferente. Isso é fácil para quem está fora do problema. Por isso, podemos sempre ouvir o outro e o que ele espera,  principalmente quando você sabe que esse outro é de confiança,  que não tem malícia, está apenas querendo ajudar. Nós mesmos fora do problema concordariamos  que outro comportamento seria mais adequado.  A vida é um grande aprendizado. Estar num problema muitas vezes nos cega. Por isso é importante ouvir mais pessoas.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Quem discorda está contra nós?

"Esse livro, provavelmente,  será percebido diferentemente por cada leitor,  em função das experiências individuais.  Por essa razão, quando alguém discorda de nossa opinião,  logo o rotulamos de errado.  É o 'mecanismo paranoide', ou seja, achamos que estamos sempre certos.  Se alguém discorda de nossa opinião,  temos a sensação que o outro está contra nós."

Seja assertivo! Vera Martins

A autora tem como expectativa que o livro dela será interpretado de várias formas. Isso vai depender de cada pessoa que lê.  Essa pessoa terá uma experiência diferente.  Terá  uma visão de mundo diferente.

Alguns podem discordar da posição assertiva.  Alguns podem concordar. E mesmo assim não precisamos rotular o discordante de errado. Ele apenas tem uma visão diferente.

Quando achamos que sempre temos razão,  entramos no mecanismo paranoide.  Precisamos fazer esse esforço de considerar o ponto de vista do outro. Precisamos fazer esse esforço de admitir que nem sempre estamos certos. Exige um esforço concentrado,  eu sei.  Mas nossos maiores progressos ocorrem quando saímos um pouco da zona de conforto.

A discordância não quer dizer que o outro está contra nós.  Podemos viver muito bem com pessoas discordando de nós sem que isso signifique estar contra. Pelo contrário,  quando aprendemos a apreciar as discordâncias,  alargamos em muito nosso ponto de vista. E aquele que discordou pode muito bem estar a nosso favor para nos fazer crescer e aumentar nossa visão.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

O mundo é da maneira que o vemos?

"O que é um paradigma? Dentro de nosso contexto,  paradigma é um padrão,  um modelo de referência,  é a maneira como vemos o mundo - não no sentido visual,  mas sim em termos de percepção,  compreensão e interpretação.  Acreditamos que o mundo é exatamente como o vemos,  de forma objetiva.  Na verdade,  vemos o mundo como nós fomos condicionados a vê-lo."

Seja assertivo! Vera Martins

Quais são nossos paradigmas?  Muitas vezes nem nós mesmos sabemos, porque estamos no modo automático.  O mundo de cada um depende de como aprendemos a ver o mundo, não como ele realmente é.  Por isso existe um mundo para cada pessoa.

Nosso ponto de vista depende de nossa formação.  Assim cada um percebe, compreende e interpreta de uma forma.  Assim, o mesmo objeto pode ser interpretado sob diferentes perspectivas.

Podemos ter paradigmas que nos fortalecem ou paradigmas que nos enfraquecem. Se aprendermos a detectar os paradigmas,  começamos a fazer pequenos ajustes até que conseguimos alcançar o paradigma que nos fortalece.

Nossos paradigmas podem nos levar para onde queremos chegar. Ou podem nos afastar desse lugar tão desejado.  Portanto,  paradigmas são muito importantes.  Prestar atenção neles e moldá-los pode fazer muita diferença.  Hoje é o dia de termos bons paradigmas. Paradigmas fortes e poderosos.  Hoje é o dia de levantarmos a cabeça e mudarmos tudo aquilo que nos enfraquece.

É apenas uma questão de fazer pequenos ajustes em nossa visão.  Cada dia um pequeno ajuste e em pouco tempo já teremos muito progresso na mudança de paradigmas.

Nosso paradigma desejado não precisa ser igual ao do outro, cada um tem o seu ideal. Cada um  pode escolher qual o melhor paradigma.  Não importa se o outro acha muito extremo, muito diferente,  porque isso é apenas percepção. 


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Você aceita os mesmos direitos do assertivo do outro?

"Reconhecer e aceitar que o outro também tem os mesmos direitos - Este não é um direito,  mas um dever do comportamento assertivo. Este dever exige desprendimento e tolerância à frustração,  pois o NÃO do outro pode significar uma negação dos seus desejos,  da realização de suas expectativas.  O uso indiscriminado dos dez direitos do assertivo terá um efeito negativo e fará de você uma pessoa agressiva.  A UNICA maneira de cumprir esse dever é equilibrar os dois fatores da assertividade: individualidade e socialização."

Seja assertivo! Vera Martins

O assertivo precisa aceitar que os outros têm o mesmo direito de ser assertivos.  Quando o outro é assertivo conosco ele vai dizer não,  ele vai se colocar,  posicionar,  e como assertivos devemos ver que está tudo bem.

Está tudo bem o outro pensar diferente.  Está tudo bem o outro ser diferente.  Está tudo bem a discordância.  Está tudo bem que nossos desejos não são realizados.  Está tudo bem que nossas expectativas não são cumpridas.

Ser assertivo é aceitar o outro como ele é.  É deixá-lo ser.

Estamos bem apesar de tudo porque por dentro somos fortes. Por dentro temos uma resiliência tremenda. Porque sabemos que bons e maus momentos são certezas na vida. Que saibamos viver bem os bons e passar bem pelos maus.

Como assertivos vamos descobrir que estávamos errados,  que nossas certezas não se concretizam. E está tudo bem. Vamos descobrir muito e estar abertos a descobrir muito mais porque damos espaço para esse crescimento.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Você tem o direito de ser ouvido?

"Você tem o direito de ser ouvido e levado a sério - Esse direito é violado quando deixamos de expressar nossas opiniões,  sentimentos e desejos.  Normalmente,  não usamos esse direito por medo de sermos rejeitados,  tidos como incompetentes e ignorados,  sentimentos incutidos em nós por todas as crenças que nos impedem de usar os direitos do assertivo.  Ao nos apoderarmos dos direitos dos assertivo, certamente seremos ouvidos e levados a sério."

Seja assertivo! Vera Martins

Por mais que as pessoas discordem,  cada um  tem o direito de ser ouvido.  Ouvir parece muito simples mas pouquíssimas pessoas têm esse dom.

As pessoas estão tão presas em seus preconceitos que só de perceber que o outro falará algo que discordam,  já fecham os ouvidos,  e praticam a escuta seletiva. Ouvem o que lhes convém e o que querem. E o que confirma seus conceitos.

Por isso,  muitas vezes as pessoas desistem de falar, por saber que não serão ouvidos.  O assertivo se expressa e também demonstra o que sente e deseja.  Está tudo ok se formos rejeitados.  Está tudo ok se nos considerarem incompetentes,  mesmo porque cada um tem um conceito diferente. Está tudo ok se nos ignorarem,  sempre haverá quem nos dá atenção e quem nos ignora. 

A opinião pública sobre Jesus era muito diversa.  Alguns criam e outros o rejeitavam. Ainda outros queriam apedrejá-lo, prendê-lo e matá-lo.  E mesmo assim ele falava. Ele sabia que dividia opiniões. 

Também é uma questão de prática.  Cada vez que praticamos os direitos dos assertivos, mais podemos nos aperfeiçoar para sermos ouvidos e também para lidar com a rejeição.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Você pode dizer que não se importa com seus defeitos?

"Voce tem o direito de dizer "não me importo" -  Esse  direito nos é tirado pela crença de que temos defeitos e devemos buscar a perfeição.  Dada a condição humana,  a perfeição não será possível.  Dessa forma temos que melhorar, no mínimo,  nosso comportamento.  Se não tivermos a premissa de melhorar sempre,  seremos tachados pelos outros e por nós mesmos como inúteis,  preguiçosos,  pessoas que não merecem respeito.  Essa busca nos cobra a busca eterna do eu ideal.  A forma de utilizar o direito de dizer "não me importo" é fazer seu próprio julgamento e avaliar se está contente ou não com seu eu real.  Seja seu próprio juiz e decida se quer mudar ou não.  Caso contrário,  dê-se o direito de dizer,  mental ou verbalmente,  "não me importo", quando alguém apontar um defeito seu."

Seja assertivo! Vera Martins

Existe um "eu real" e um "eu ideal". Eu sou super a favor do crescimento.  Muito a favor de mudanças.  Mas não posso aceitar a idéia de cobrança pela perfeição. 

Tentar ser perfeito vai deixar a pessoa insatisfeita. É uma busca sem fim. Nunca a pessoa ficará saciada.  E o problema não é só esse. O pior é tentar provar-se perfeito. A pessoa no fundo conhece suas imperfeições mas precisa mostrar aos outros que é perfeita e então faz de tudo para mostrar o que não é.  Isso é muito desgastante e tira a paz de qualquer um.

Abraçar nossa imperfeição nos dá espaço para crescer. Se eu  julgo-me perfeita, então penso que não precisa fazer nenhuma modificação e que tudo está bem. Se julgo-me imperfeita,  estou aberta para fazer modificações e para rir de mim mesma.

Abraçar a imperfeição é enxergar esse "eu real". Estamos contentes em muitos aspectos,  em outros precisamos mudar.  Mas isso é uma decisão e escolha nossa. Se alguém nos aponta um defeito, podemos analisar se estamos ou não contentes,  se esse defeito nos incomoda ou não.  E se para nós está tudo bem, temos o direito de dizer "não me importo".



quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Precisamos compreender tudo?

"Você tem o direito de dizer: Não compreendo - Este direito mostra mais um aspecto da condição humana.  Ninguém é perfeito para compreender todas as coisas.  Aceitar que você está sempre aprendendo é sabedoria.  Mas, desde criança,  aprendemos que temos a obrigação de compreender os desejos dos outros sem que eles precisem nos falar,  para não criar problemas.  Ora, não temos bola de cristal e nem sabemos ler pensamentos.  Portanto,  quando alguém insinua que está magoado com você,  não se sinta culpado.  Diga: 'Não compreendo porque você está se sentindo assim.' Com a resposta,  decida se a mágoa é justificável.  Em caso positivo,  peça Desculpas sinceras e encerre o caso."

Seja assertivo! Vera Martins

Estamos aprendendo todos os dias.  Saber qual o desejo e as expectativas alheias é fácil por vezes. Outras vezes não.  Tudo depende.  O ideal para evitar mal entendidos é esclarecer.

Está tudo bem admitir que não compreende certo comportamento e perguntar. Checar faz parte do processo.  Ruim é chegar a conclusões precipitadas.  Temos que verificar se compreendemos perfeitamente.

Graças a Deus ainda não conseguimos ler pensamentos.  Seria uma grande invasão.  Na verdade,  a maioria das pessoas não está consciente nem do próprio pensamento,  que diria do próximo.  É preciso estar muito relaxado, num estado mental muito presente para lidar com os próprios pensamentos.

Algumas pessoas tem mais habilidade. Muitas estudaram comportamento,  psicologia,  psiquiatria e têm mais facilidade para entender,  mas a maioria de nós,  seres mortais, somos muito falhos nas nossas conclusões e temos que ter muita consciência disso. Outras ainda tem o dom de Deus então têm a revelação pelo Espírito Santo de Deus.  Mas mesmo estas pessoas não são oniscientes,  o Espírito revela de forma selecionada,  apenas o que é necessário.  Diferente de Jesus quando esteve na Terra que sabia o que a pessoa pensava antes mesmo de pronunciar.

Mesmo tendo essas habilidades ou dons, precisamos checar.  Imagina quem não tem. Isso tem relação com heurística,  com verdades e conclusões precipitadas. Para evitar a precipitação é bom checar. Não custa nada fazer essa pergunta simples. Dizer que não entendeu não ofende a maioria das pessoas.  Só ficará ofendida a pessoa que usou a ambiguidade propositadamente e para causar confusão, caso dos manipuladores.  As pessoas normais não se importam de reformular.

Muitas vezes quando pedimos para a pessoa esclarecer,  ela mesma se surpreende, pois como disse,  muitos não tem consciência do seu próprio raciocínio.  Se a pessoa ficar muito ofendida,  é porque ao reformular, teve que descobrir que tratava-se de um sentimento que rejeita e quer esconder.  Muitos não usam o direito de ter sentimentos ruins e os ampliam. Outras pessoas, que ao reformular compreendem que estavam com um sentimento ruim, podem simplesmente lidar melhor com o sentimento e assim conscientemente ir acabando com ele.

Vamos a um caso em que a pessoa sente raiva. Ao reformular,  a pessoa descobre que era raiva,  muitas vezes nem relacionada ao interlocutor e então ela pode domar isso.  A pessoa saudável dirá: 'É que quando você age assim fico com raiva.  Mas no fundo sei que tive um mau dia e que também estou em TPM e estressada.  Não gosto quando invadam meu espaço.'

Ao analisar se a raiva é justificável ou não, podemos analisar como foi essa invasão e então ver se é razoável pedir desculpas e deixar a pessoa com o seu espaço necessário.  Cada um tem um.

Poderíamos dar vários exemplos.  Ao perguntar, muito se esclarece.  E muitos comportamentos podem ser adequados para o ganha-ganha.

Mas enfim, não precisamos entender tudo, mas perguntar e checar é fundamental.




quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Você precisa ficar à mercê da vontade dos outros?

"Você tem direito de ser independente da boa vontade dos outros - Esse direito lhe permite auto afirmar-se perante pessoas amigas ou não, conhecidas ou desconhecidas.  Virar à mercê da boa vontade de ser aceito pelo outro,  além de comprometer sua auto confiança e iniciativa,  tornará você vulnerável à maior força de manipulação possível.  Existem pessoas que acreditam que,  antes de iniciar um relacionamento,  é preciso obter a boa vontade do outro,  caso contrário,  a relação não será possível.  É evidente que a cooperação e a boa vontade dos outros facilitam a sua vida,  mas você não pode estipular essas condições para a sobrevivência nos relacionamentos."

Seja assertivo! Vera Martins

Ah! A aceitação,  morremos de medo de a pessoa ficar dodoi.  E por isso não somos assertivos.  É bem comum. Muitos manipuladores usam isso.  Se não me contar... Então fico chateado. Se guardar esse segredo de mim... tem que me contar tudo...

Será que temos o direito de contar um segredo do outro, ou mesmo profissional,  porque um outro amigo vai ficar dodoi,  coitadinho?  Isso é infidelidade,  deslealdade.  Se alguém nos confiou algo importante,  é preciso saber separar a amizade do compromisso que temos.

Esse é apenas um exemplo mas poderia ser qualquer ato. Quem conta segredos alheios só para não chatear o pentelho curioso é desleal. Ponto. E não sabe se afirmar. É incapaz se se colocar.

Tudo que nos é confiado,  deve ser tratado com zelo. Esse segredo pode ser comparado a um objeto.  Eu te empresto a chave de um apartamento mas é só para você.  Seria uma traição de confiança passar adiante. 

E muitos agem assim porque existe sempre alguém que acha que tudo lhe pertence,  que o mundo lhe deve. Não,  o mundo não lhe deve. E podemos dizer não. É um direito nosso.  Se alguém nos virar a cara, retaliar,  espernear porque não contamos algo, não emprestamos algo,  isso quer dizer que a boa vontade dessa pessoa é uma troca.

Muitos não percebem esse meio de manipulação.  Se eu não contar, você retalia, então isso significa que a sua boa vontade era uma mentira. Você provavelmente só se aproximou de mim para saber esse segredo,  como eu não contei, você se vinga de mim.

Imagine isso.  A pessoa só se aproximou para fazer você trair um outro ou mesmo até um segredo profissional.  Isso na verdade é um ato muito feio da pessoa.  No meu ver, melhor distante mesmo. Se a boa vontade dessa pessoa fica condicionada a isso, é evidente que existe algo errado.

Ocorre que muitos são muito carentes. Como aquela pessoa mostra boa vontade suprindo essas carências,  a pessoa fica com medo de perder e trai o outro ou o seu empregador.  A pessoa se torna desleal. E o manipulador percebe isso.

Diga não a esse tipo de manipulação e não viva à mercê da boa vontade dos outros. Quem estipula essas condições não é confiável.  Embora nosso emocional muitas vezes nos engane,  vamos pensar em nossos direitos de assertivo e nos libertar dos manipuladores!!!

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Você tem o direito de não saber?

"Você tem o direito de dizer 'não sei' - É difícil dizer 'não sei', porque a crença que nos foi ensinada é baseada no seguinte princípio: 'Você é irresponsável e precisa ser controlado por outros,  se não souber os resultados futuros do seu comportamento'. Esse princípio explica porque nos sentimos envergonhados e acuados quando nossa 'ignorância' é exposta às pessoas,  além da necessidade da preservação da auto imagem."

Seja assertivo!  Vera Martins

Também é libertador admitir-se ignorante.  Não somos obrigados a saber tudo. Sabemos uma parte muito pequena,  muito pequena mesmo do todo. E está tudo bem. E é normal.

Mesmo que a expectativa do outro seja diferente,  admita que não sabe. Como professora,  muitas vezes não sabia. E estava ok.  Pesquisava e depois passava a resposta.  Isto não nos diminui em nada.

Atualmente continuo não sabendo muita coisa e está ok,  pois sei outras. Sei sobre aquilo que me fascina,  que me interessa,  que eu estudo. Mesmo com pós graduação sei que muitos que nem terminaram o estudo sabem muito mais do que eu nas áreas que elas têm experiência,  nas áreas que a fascinam,  dentro dos seus interesses.  E realmente nunca saberemos tudo.

Querer dominar todo o conhecimento acumulado é um sonho impossível.  Mesmo em nossas áreas de formação não sabemos. Mesmo na nossa experiência profissional,  daquilo que fazemos todo dia não sabemos.

Não precisamos ser controlados pelos outros se não sabemos. A não ser que esse outro seja nosso superior hierárquico,  mas aí  não é relação de saber ou não saber,  muito menos de controle. É uma relação social que precisa ser respeitada.  A autora se refere provavelmente à pessoa que se deixa controlar por se sentir inferior intelectualmente.  E muitas vezes isso entra na manipulação. 

Não precisamos ser acuados e envergonhados porque não sabemos.  É natural não saber, porém somos inteligentes para aprender. Desde que estejamos abertos a aprender.  Não mexe com nossa auto imagem o fato de não sabermos.  Podemos escolher dizer à nossa auto imagem que não tivemos a oportunidade de aprender, mas se escolhemos aprender, vamos aprender.

Quando as expectativas dos outros é que saibamos algo,  podemos sempre avaliar se são exigências reais ou se são expectativas próprias daquela pessoa.  Eu sempre dou o exemplo de um cargo que não exige um curso específico e alguém exige aquele conhecimento.  Não são exigências reais do cargo,  são expectativas da pessoa.  Então é bom se tivermos aquele conhecimento,  é um PLUS,  algo a mais. Mas se não tivermos é esperado vindo daquele cargo. É uma expectativa,  mas não uma exigência real. Assim, ninguém tem o direito de rebaixar, envergonhar,  acuar e acabar com a auto imagem de quem não sabe algo que não é exigência,  é apenas uma expectativa pessoal.

Um bom exercício é se colocar no outro lado também.  Estamos com expectativas demais?  Queremos que o outro saiba algo que não é exigência real?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Você tem direito de cometer enganos?

"Você tem o direito de cometer enganos e ser responsável por eles - Aceitar a falibilidade humana é aceitar a imperfeição e o perdão.  Nós somos seres imperfeitos.  Portanto,  aceitar o erro e ser responsável por ele é o mesmo que aceitar a condição humana.  Na maioria das vezes,  criticamos os erros dos outros e nos envergonhamos dos próprios erros.  Isso porque fomos levados a crer que o erro é feio,  é um mal causado ao outro e, sendo assim, temos de reparar o mal,  colocando-nos na mão do outro para os corrigir."

Seja assertivo! Vera Martins

Muitas pessoas continuam na rigidez intelectual porque não se dão ao direito de se enganar. Saber sobre a falibilidade humana é libertador.  Admitir-se como um ser humano falho traz muita paz.  Ninguém precisa mentir e sustentar mentiras para esconder a falha. Fórmula muito simples: Falhei e me responsabilizo por isso.  Olha que ser humano com paz!  Pensa no contrário,  a pessoa que falhou mas não se dá ao direito,  aí começa a mentir. Usar mais mentiras para cobrir a primeira mentira, depois outra. Aquela tensão para que ninguém descubra.  Isso é a fórmula do ser humano sem paz. Só que a pessoa acha que esse peso todo que carrega é bom.

É por isso que  Jesus ensina a não ver o cisco do olho do outro. Quanto mais criticamos o outro, mais achamos que temos que ser perfeitos e como isso é impossível,  achamos que devemos esconder nossas falhas. E nisso se forma uma trave no nosso olho. Às vezes é consciente,  mas na maioria das vezes é inconsciente.  Nós com uma  grande trave criticando o cisco do outro. O pior é quando queremos apontar,  apontar,  apontar. Quando alguém nos aponta, aí nos tornamos defensivos. 

Sei que não estou imune a isso.  Sou um tanto crítica e sei que tenho que prestar atenção nisso para não criticar no modo piloto automático. Aliás,  é uma das minhas metas atuais.

Meio difícil,  se não fizermos um esforço consciente podemos cair e  cair nisso.  Muitas vezes achamos que é necessário.  E realmente é difícil saber quando há necessidade de falar algo.  Mas creio que é o risco. Se eu não falar, mesmo que soe como crítica,  há algum risco para algo ou alguém? Qual é o valor maior? 

Saindo do assunto apontar o erro alheio,  vamos aos nossos próprios.  Achamos que não temos o direito de errar porque é feio e um mal causado ao outro. Então quando se arriscar a errar?

 Podemos nos perguntar: Se minha hipótese estiver errada,  será feio o que fiz?  Posso dar minha cara a tapa, admitir o erro e ser responsável por ele? Se sim, poderei admitir e explicar o que me levou a pensar assim. Um erro não é deliberado nem intencional.  Eu tenho que admiti-lo então assumir a responsabilidade pelo erro. Ninguém erra porque quis errar. Foi um erro de cálculo.

Se minha hipótese estiver errada,  causei um mal a alguém? Se estivesse certa, teria salvo algo?  Na balança,  qual pesa mais? Qual o maior valor a se proteger?  Se de fato não causar mal a ninguém, for apenas uma precaução foi um erro de cálculo visando prevenção de um valor maior, sem que ninguém ficasse de fato prejudicado, então talvez valha a pena correr o risco.  Às vezes o "mal" é apenas vaidade de alguém,  e o valor em risco para ser salvo é de fato importante. 

Às vezes não queremos errar porque achamos que vamos nos colocar na mão de alguém. Isso é muito usado por manipuladores,  eles nos causam um sentimento de culpa. O mantra do manipulador é: Você errou comigo, é culpado, agora tem que fazer a minha vontade. Você tem o direito de errar!  Não é por causa disso que ficará na mão de um manipulador.  Se alguém se utiliza de culpa para manipular o outro, essa pessoa não é saudável.  É um passivo-agressivo. Não caia nessa falácia!

Jesus Cristo nos ensinou muito sobre a falha e o erro. Ele não aponta,  mas sofreu para que nossos erros fossem perdoados.  Quando morreu por nós,  tirou toda a culpa, todo nosso peso. Ele carrega sobre si nossos erros e nos purifica.  Então não há porque achar que esse peso ficou grudado em você.  Se está em Cristo, nenhum manipulador tem direito de apontar.  Pelo contrário,  você tem direito de errar e ser perdoado: confessando (responsabilizando-se) e deixando (não cometendo mais esses erros).