As pessoas também costumam desistir por sentir que tem algo a perder. Novamente o medo da perda é maior do que a expectativa do ganho. Não me refiro a ganho financeiro. Há outros ganhos que talvez valham mais a pena que o ganho financeiro. Não sou uma pessoa apegada, portanto não tenho medo de perdas.
Essa reflexão sobre a perda é muito semelhante ao pior cenário. É aquela hora em você se pergunta o que perderia caso tomasse uma atitude. Impressionante como a maioria das pessoas não têm atitude. Presenciei uma pessoa que assediava outra moralmente. Sempre fui muito quieta e não fazia comentários. Via pessoas reforçando o assédio, falando junto, fazendo junto. Também não concordava com isso. Quando a situação se intensificou decidi que aquilo estava me incomodando e que minha omissão também era uma forma se assédio. Eu não tinha nada a perder em manifestar minha discordância com a situação e assim o fiz. De certa forma comprei uma briga que não era minha porque também passei a ser assediada pela pessoa e por aquelas que falavam junto. Mas é daí? Os ganhos foram maiores. Desisti da amizade com uma assediadora e isso foi um ganho em bem estar. E um ganho na consciência.
Nunca desistirei de um ideal porque teria algo a perder e quando perdemos algo que não valia a pena mesmo, qual o problema? Melhor poucos amigos íntegros do que um monte que assedia os outros, que sentem no direito de fazer uma covardia dessas. Assim também são meus outros projetos. Nunca troco conforto por ideal. Não tenho apego e isso é ótimo. Amo ser o que sou e ser fiel ao que sou.
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