quinta-feira, 28 de maio de 2015

Isso não acontece apenas com você

Não importa o que seja o "isso". Pense em qualquer desafio e por mais que pareça que você é o único a enfrentá-lo,  tenha certeza que há várias pessoas na mesma situação.

Algumas pessoas desistem achando que passam por um problema único,  quando na verdade muitas pessoas enfrentam algo semelhante e o que fará a diferença será a maneira de encara-lo.  Nenhum problema tem apenas uma solução.  Toda solução terá uma consequência diferente e a resposta a cada problema vai depender da personalidade de cada um. Se a solução foi boa ou não depende se você tem a capacidade de lidar com a consequência.  Eu gosto da maneira com que lido os problemas por causa da minha formação na PUC, tive um curso que ensinava o professor a ensinar cidadania para os alunos. Fiquei impressionada como nunca tinha pensado em cidadania daquela forma e sempre que possível exerço minha cidadania, manifesto-me em favor dos meus direitos. Certamente que somos educados para a passividade.  Alguém que exige direitos é quase uma exceção porque todos tem medo de retaliações. Pena, uma pena mesmo. E estamos reproduzindo esse modelo de passividade ante atitudes arbitrárias.  Quando professora tentei passar os conceitos aprendidos no curso e tentei segui-los,  até hoje tento segui-los.  O curso na PUC foi um divisor de águas.  Nunca tive um curso tão bom. E a maneira como resolvo problemas tem muita influência da PUC.

Os meus problemas não acontecem só comigo. Penso em muitas pessoas que vivem situações semelhantes. Quando penso no que comentei sobre o setor público,  chego a conclusão que gosto do que faço,  mas discordo de certos atos de gestão.  Assim, não posso desistir apenas por discordar de certos atos de gestão.  Quantos excelentes funcionários ficaram desiludidos e então seguiram a maioria? Descobri que não consigo mesmo baixar o nível de qualidade ou seguir a maioria porque acredito no que fazemos, o trabalho é muito bom, desafiante, não é monótono.  Enfim, descobri que o trabalho em si está de acordo com valores que sigo. E o melhor de tudo é que isso não acontece só comigo. Sei que poderia ser melhor, mas nada é perfeito e ficaremos loucos se buscassemos a perfeição.

Perfeito é saber que o que não tenho aqui posso ter na minha segunda atividade. Tentarei mesmo não desistir. Ambos têm qualidades.  E por incrível que possa parecer gosto das minhas duas atividades. Talvez elas se completam. Não é fácil,  mas continuar é preciso.

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