Não importa o que seja o "isso". Pense em qualquer desafio e por mais que pareça que você é o único a enfrentá-lo, tenha certeza que há várias pessoas na mesma situação.
Algumas pessoas desistem achando que passam por um problema único, quando na verdade muitas pessoas enfrentam algo semelhante e o que fará a diferença será a maneira de encara-lo. Nenhum problema tem apenas uma solução. Toda solução terá uma consequência diferente e a resposta a cada problema vai depender da personalidade de cada um. Se a solução foi boa ou não depende se você tem a capacidade de lidar com a consequência. Eu gosto da maneira com que lido os problemas por causa da minha formação na PUC, tive um curso que ensinava o professor a ensinar cidadania para os alunos. Fiquei impressionada como nunca tinha pensado em cidadania daquela forma e sempre que possível exerço minha cidadania, manifesto-me em favor dos meus direitos. Certamente que somos educados para a passividade. Alguém que exige direitos é quase uma exceção porque todos tem medo de retaliações. Pena, uma pena mesmo. E estamos reproduzindo esse modelo de passividade ante atitudes arbitrárias. Quando professora tentei passar os conceitos aprendidos no curso e tentei segui-los, até hoje tento segui-los. O curso na PUC foi um divisor de águas. Nunca tive um curso tão bom. E a maneira como resolvo problemas tem muita influência da PUC.
Os meus problemas não acontecem só comigo. Penso em muitas pessoas que vivem situações semelhantes. Quando penso no que comentei sobre o setor público, chego a conclusão que gosto do que faço, mas discordo de certos atos de gestão. Assim, não posso desistir apenas por discordar de certos atos de gestão. Quantos excelentes funcionários ficaram desiludidos e então seguiram a maioria? Descobri que não consigo mesmo baixar o nível de qualidade ou seguir a maioria porque acredito no que fazemos, o trabalho é muito bom, desafiante, não é monótono. Enfim, descobri que o trabalho em si está de acordo com valores que sigo. E o melhor de tudo é que isso não acontece só comigo. Sei que poderia ser melhor, mas nada é perfeito e ficaremos loucos se buscassemos a perfeição.
Perfeito é saber que o que não tenho aqui posso ter na minha segunda atividade. Tentarei mesmo não desistir. Ambos têm qualidades. E por incrível que possa parecer gosto das minhas duas atividades. Talvez elas se completam. Não é fácil, mas continuar é preciso.
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