"Se você tem um problema que o preocupa, aplique a fórmula mágica de Willis H. Carrier, fazendo essas três coisas: 1. Pergunte a si mesmo qual a pior coisa que poderá me acontecer? 2. Prepare-se para aceitar o pior, se acontecer. 3. Depois, calmamente, procure melhorar a situação, partindo do pior".
Parece bem óbvio mas muitas pessoas não procuram resolver o problema, elas se aprofundam em preocupação. Pensam, reclamam, pensam, mas não dão um só passo em direção à solução. Vivem no problema, alimentam-se do problema, reclamam do problema, como se o problema fosse um troféu que mostra como são vítimas e coitadas. E como se ser vítima e coitada fosse algo positivo.
Sei que isso pode acontecer com qualquer um e por vezes ficamos tão confusos em nossos pensamentos que não conseguimos ver claramente para buscar a solução.
Então ter uma fórmula, um passo a passo pode ajudar bastante. Preparar-se para o pior é trabalhar com a realidade. Ninguém vive só de altos na vida, nós sempre temos baixos. E isso está ok. É comum e não é exclusividade nossa essa situação de baixos. Então temos que ter ciência do que pode acontecer. E quando estamos preparados para passar pelo pior, deixamos de nos preocupar com o inevitável. Para que se preocupar por algo que vai acontecer mesmo? Algumas circunstâncias tem que ser aceitas. Simples. Nossa mente deve estar preparada para isso. Temos que saber que a realidade por vezes é dura. E que eventualmente vai acontecer conosco.
Isso não quer dizer que somos derrotados. Isso significa que seremos fortes o suficiente caso não seja o melhor. No que estiver ao nosso alcance vamos procurar melhorar a situação. Como? Dividindo o problema em partes menores. Muitas vezes não podemos resolver de vez. Podemos melhorar. E é nesse melhor dentro do pior cenário que tenho que me concentrar.
Por exemplo, alguém está ficando estressado e até doente por causa do trabalho e outras responsabilidades domésticas. As mulheres são muito mais sobrecarregadas. Reclamar não resolve. Pensar sem parar nas injustiças não resolve. Então o foco deve ser em como melhorar. Entender o estresse já ajuda. É um passo. Você só combate o que entende.
Depois de entender, começar a agir para melhorar, pois não é possível talvez naquele momento largar o emprego e largar as atividades domésticas. Então não é possível resolver de vez, é possível melhorar.
É possível parar 10 minutos para relaxar? Sim, sempre é possível. É possível fazer exercícios físicos? Sim. Resolve de vez? Não, melhora. É possível parar para fazer um planejamento? Sim, sempre encontramos tempo para o importante quando priorizamos? É possível melhorar a alimentação? Sim, sempre encontramos maneiras de tomar mais água e substituir o lanche da tarde por frutas. Enfim, o principal não muda, mas o que está ao redor do principal, algumas medidas podem ser tomadas para melhorar a situação.
Com o tempo, sendo consistente em pequenas ações, podemos ter resultado na maneira como encaravamos o trabalho e as atividades domésticas. Uma pessoa nas mesmas circunstâncias pode ter percepções diferentes. Uma pessoa nas mesmas circunstâncias pode fazer mais eficientemente as mesmas atividades que outra pessoa. Muitas vezes não muda o trabalho e as atividades domésticas, muda a visão da pessoa, a energia da pessoa, a força da pessoa. Então a preocupação desaparece por termos cuidado do todo, não apenas daquela circunstância que nos preocupava. A preocupação desaparece por termos outras necessidades que não percebíamos sendo satisfeitas. A preocupação desaparece porque o cenário ao redor do problema está melhor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário